OK.
Antes que vocês apelidem esse blog de legiaourbana.com eu prometo que vou adicionar posts com frivolidades. Para gregos e troianos.
Ontem exorcisei todo o meu stress do trabalho na Fnac. Para cada dado de mercado que eu tive que arranjar eu gastei um real.
Acho que fiquei um tanto quanto mais pobre.

Em homenagem ao mercado de cremes de tratamento de Trinindad-Tobago...



Alguém aí vai de Cramps?

Marketing rules the world.
Tudo na vida é marketing.
Sabe o que diferencia o sabão mais fuleiro do supersabãoempóenzimas2005? Marketing.
Você já viu um cara horroroso, galinha e ridículo cheio de mulher atrás? Marketing.

Somos treinados para avaliar o mundo a nossa volta sob os velhos 4 aspectos: produto, promoção, distribuição e preço.

Quanta gente idiota tem na nossa vida porque nãoseiquem no fundo tem um estilo legal, tem aquele luminoso piscando "como eu sou cool". De alguma forma você acha que por trás de um estilo de vida que você considera legal existe uma pessoa legal. PRODUTO.

Você já se viu formando uma turminha? Você e pessoinhas que vão nos mesmos lugares, lugares que você acha o máximo e como é bom compartilhar com pessoas que também acham isso e que máximo todo mundo feliz andando de mãos dadas pros mesmos lugarzinhos como se fosse parte fundamental da sua vida. DISTRIBUIÇÃO.

E os colegas-enciclopédias? Sabe todos os cds que você queria conhecer? Você não leu o último livro de .... (inserir de acordo com sua própria referência de escritor famoso e chato). E, pior, você não foi na festa/ no show/ na balada de _____, ______ & _____?
Tudo bem, não precisa. Seu coleguinha supostamente tem/fez tudo isso por você e o simples fato de estar a seu lado faz com que você automaticamente seja elevado para a camada de cima da pirâmide. PROMOÇÃO.

Não podemos esquecer também das pessoas com as quais você não tem nenhuma ligação mas que estranhamente se aproximam de você. Não estou me referindo às pessoas que você conhece por aí e acabam virando próximas, amigos por acidente de percurso. Estou falando de pessoas que você tem a leve impressão que querem sugar algo de você e por isso estão sempre rondando.
O mais estranho é que você nunca realmente dá uma cortada definitiva nessas pessoas. Seu amor-próprio vai tentar te convencer de que você mantem essas pessoas à sua volta porque você é legal, fala com todo mundo e, afinal; vivemos em sociedade. Não se engane.
Você cria esses sanguessugas na piscina de casa porque no fundo sabe que um dia pode precisar sugar algo de alguém, então que seja de alguém que tá por aí mesmo...facinho, facinho. PREÇO.

Do parafuso ao casamento as coisas seguem a mesma lógica.

Só que assim como no mundo dos bens duráveis e não-duráveis, toda essa linha de raciocínio consolidada cai por terra ao menor sinal de uma crise.
Quando todo mundo está na merda ninguém quer saber de porra nenhuma dos itens acima. Você pode até momentaneamente se apegar a essas coisas e se jogar na libertinagem (que sempre acompanha esses momentos) mas quando você perceber que só piora - e como a sirene soa rápido!- você acaba no fundo se apegando as coisas que realmente importam.
Você torra seu dinheiro apenas com o essencial ou com as marcas/produtos confiáveis que te passam segurança/ confiança em tempos inseguros e nada confiáveis.
A mesma relação prossegue entre o tempo que você gasta com pessoas.

Toda essa tese de TCC barata é só pra dizer para você não confundir fatores extrínsecos com intrínsecos.

Quero aproveitar para pedir desculpas a todos os meus amigos de verdade por ficar tentando fazer eles viverem no meu mundinho, mesmo sendo sem querer.
Desculpem todas as vezes que falei que os cds que vocês ouvem são uma merda, as situações que eu obriguei algum de vocês a ver um filme sueco/ francês intragável e vocês não saíram do cinema mesmo assim.
Desculpa também a todos que eu arrastei para minhas baladinhas trash. Vocês deram muita risada, eu sei, mas também sei que isso não necessariamente significava que vocês estavam gostando!
Isso não é um post de redenção. Vou continuar enchendo o saco de todo o mundo e continuo com as mesmas resoluções de que vocês deveriam parar de se vestir de marrom, sair na segunda-feira e pararem de tomar cerveja .

Só quero que todo mundo saiba que no fundo, no fundo eu tô pouco me f#@% se vocês gostam de jazz, reaggae, mpb, se frequentam o morrison, se já foram do time de handeboll da Atlética etc.
Acho tudo isso lamentável e amo todos vocês mesmo assim.

Amigos, vocês não são marketing. Vocês são de verdade. Nunca se esqueçam de me lembrar disso.

Preciso encerrar este post antes que comece a parecer um Telegrama Legal.

Muita areia, pouco caminhão.

PS: muita areia = madonna.
(Nunca se sabe o tipo de homem que acessa o blog.)

E viva a democracia. Alê vc pode escrever o que quiser por aqui. Não é porque eu fico colocando esses postizinhos pensantes que eu vou fazer desse blog o guia da mulher superior-parte II (o I já foi suficiente).
Achei ótima a idéia de colocar reviewzinhas de discos por aqui também. Só não coloco porque no momento todas as bandas que eu estou amando já acabaram. Não sei se estou ficando velha ou correndo atrás da formação de repertório perdida.
Já entendi o que acontece.
Gosto de bandas com uma certa ironia. Hoje em dia 99% das bandas são muito posers ou avacalham de vez. Desaprendemos a fazer a coisa.
Daqui a pouco tô fuçando os disquinhos 60`s do papai e as babozeiras psicodélicas do titio (que ainda tem um gravador de rolo que funciona! Não não é do nosso tempo. Assistam Pulp Fiction). Por enquanto viva a década que o bom gosto esqueceu.
Estava tirando o pó da coleção de disquinhos e fiquei abismada com a quantidade de cds que tenho. Pior que isso, com a quantidade de "estilos musicais", especialmente porque sempre me achei uma pessoa de gosto restrito e todo mundo me fala isso também. Ficam me perguntando se eu ouço jazz, se eu ouvi o último da Maria Rita... Eu pensava que a Maria Rita era a mulher do Roberto Carlos ressucitada (this ain´t a joke).
Digamos que eu sou ilimitada dentro do meu mundinho limitado.

PS: Minha idéia de fazer um "Família Freitas Vende Tudo" não morreu. Logo logo vocês vão poder comprar camisetas da Pakalolo, cds do Buthole Surfers e ainda levar uma bola do DIC pra casa...

Não se muda uma pessoa. Não se salva uma pessoa.
Não adianta cometer o mesmo erro pela milhonésima vez. Todo mundo sabe quando soa o gongo e algum anjinho parece soprar : " Você já viu esse filme antes".
Não estou dizendo pra ninguém desistir das coisas antes de tentar e retentar o número de vezes suficientes para se certificar que você deu ao destino todas as brechas para a felicidade entrar (eu que o diga). Eu disse "suficientes".
Suficiente é quando você faz as coisas diferentes mas começa a sofrer da mesma forma. Você muda e o outro não.
Mais mulheres sofrem de complexo de mulher maravilha do que de qualquer outro sentimento.
Você não vai tirar ninguém do abismo. Se alguém chegou lá tem que aprender a subir sozinho, no mínimo para não se jogar de novo.
Todo mundo deve ajudar- e eu disse ajudar- alguém a sair do fundinho do poço, ainda mais quando é alguém que você gosta pra caralho ou ainda absurdamente. Você deve ajudar, mas tem que enxergar as pessoas que não cooperam.
Pessoas que fingem que você não estendeu a mão, por orgulho. Pessoas que seguram sua mão um pouquinho e depois largam. Fazem você se sentir culpada- "Puxa, eu poderia ter segurado mais forte..." mas no fundo querem mesmo ficar lá na fossa porque tem medo demais pra tentar sair dela.
E o pior, pessoas que seguram firme na sua mão e te puxam lá pra baixo. Não, elas não carregam tridentes ou tem chifrinhos na testa. Só se acham incapazes de subir e por isso se desesperam para ter alguém que fique na fossa com elas. -"Estou na merda mas estou acompanhado".
Não entre nessa. Eu não vou mais entrar nessa. E não vou mais me sentir culpada pelo que não tenho culpa.
Eu tentei ser sincera, meus sentimentos eram os melhores do mundo. Tudo o que foi pensado de errado de mim não condizia com o que eu realmente pensava. Não trace conclusões a meu respeito antes de deixar eu falar. Eu tentei mostrar o lado de dentro.
Azar de quem não quis ver.

Ouçam o conselho da titia.
Se tem algo que vocês fazem de mais, vocês estão fazendo tudo errado.
Nada merece ocupar a maior parte do seu tempo.
Bebe demais, fuma demais?
Ou...Estuda de mais e até caridade faz demais?

Seus problemas.... não acabaram!!!

Permitam eu ser um pouquinho mais pessoal.
Durante os últimos meses pulei de balada em balada como se o mundo fosse acabar , ou melhor, tivesse acabado. Um dia em casa = um dia perdido, uma oportunidade perdida.
"Vivi um pouco menos" - pensava.

Obrigada destino fdp por escancarar meus olhos.
Não, não vou tirar a caixa de War mofada do armário.
Amigos amanhã lá vou eu de novo. Mas agora é diferente.
é diferente quando você se obriga a fazer uma coisa para tampar um buraco e quando você assume que o buraco existe sim e que você já aprendeu a ser amiguinha dele.
Céus, esta última frase ficou com duplo sentido.
Melhor eu ir dormir.

Depois de muito tempo, finalmente resolvi dar vida a este blog.
Na vida a gente precisa de um empurrãozinho para tudo.
Descobri que não sou folgada e nem me falta determinação. Mas sou passional e como sou. Não consigo fazer as coisas se realmente não houver um bom motivo, uma razão verdadeira, aquele impulso maior. E não há nada de mal nisso. Como ouvi essa semana: "Você se veste de preto mais vive a vida em cores intensas". é isso aí. Como num filme do Almodovar.
Só tem uma coisa que precisa ser remediada imediatamente. Uma vez que surge o impulso de fazer alguma coisa, tenho que aprender a fazê-la imediatamente. Fazê-la antes que eu tenha tempo de pensar. Fazê-la sem ter que pedir a bênção a Deus e ao mundo. Fazê-la antes que eu perca toda a espontaneidade e toda a sinceridade que na maioria das vezes não caminham de mãos dadas com a razão.
Não quero mais ter pensamentos do tipo " se eu pudesse fazer tudo de novo, teria menos medo, seria mais sincera, falaria o que estava preso aqui dentro".
Sou nova de mais para isso. E não sou um anúncio de final de ano de banco (Me esqueci o nome do banco. é por isso que para ser publicitário não precisa de diploma).
Se eu fosse um anúncio seria daqueles que nunca são veiculados porque não são objetivos e nem passam uma mensagem clara. Também não seria aqueles ads-art; muita forma, pouco conteúdo.
Acho que iria querer passar uma mensagem que não fosse direcionada somente a um "públicozinho específico".
Por isso, não esperem ver nesse blog ensaios de uma vida glamourosa, fotos sexys e pessoas dando risadas falsas, ao lado de amigos falsos em baladas falsas. Gosto de mais de escrever para perder tempo com isso. Se você precisa mostrar que está se divertindo, é porque não está se divertindo.

E por falar em anúncio, só consigo agora pensar em um, e tenho que coompartilhar esse pensamento que não vende nada a não ser uma liçãozinha de vida:

" Maybe you marry. Maybe you won´t. Maybe you have children. Maybe you won´t.
...But trust me about the sunscreen."

Desculpem a pretensão...Welcome to the blog.